segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Estada no Paraíso

Ler um bom livro é como uma estada no paraíso.

O Sabiá e o Presidente


A minha canção preferida não é de nenhum desses músicos famosos. É o canto do sabiá.
Que pássaro generoso! Canta sem parar. Que canto lindo!
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assinou um decreto reconhecendo o sabiá como a ave símbolo do Brasil. Imagino que o então presidente ouvisse do seu gabinete o insistente canto do sabiá e tenha resolvido prestar-lhe essa justa homenagem. Na Esplanada dos Ministérios o sabiá é ministro, é rei!
O curioso é que o sabiá tem que aprender a cantar. No começo, ele canta mal, o pulmãozinho está pouco desenvolvido, o diafragma é estreito, ele canta friccionando a lingua no bico. Seu canto soa como um simples trinado.
Depois de longo treino, o pulmão se fortalece, o diagrama se expande, seu peito torna-se arredondado como o de uma pomba. E ele aprende a cantar com todo o seu corpinho. Quando chega nesse estágio é possivel escutá-lo cantar assim: "Fia, fia, sinhá, fia, fia, sinhá..."

Atropelada por um beija-flor


Hoje aconteceram duas coisas inusitadas.
De manhã, quando ia para o trabalho vi um frango pedrês na minha rua. A ave fazia cooper pela calçada, mas, de repente, num assomo, sem aviso, ela resolve atravessá-la. Piso bruscamente no freio, os livros do banco de trás são arremessados, minha bolsa salta no tapete, meus óculos escapam da minha blusa, mas ainda bem que o galinácio escapa.

Mais tarde foi a minha vez. Caminhava pela calçada distraída e quando passei ao lado de uma alameda de caliandras fui atropelada por um beija-flor! O animalzinho era lindo, ai meu Deus, de uma beleza estonteante, não duvido que suas penas sejam de esmeralda e turquesa, veio em minha direção, foi o tempo de me abaixar, passou por minha cabeça como um sopro.