Tenho observado que comumente se adotam três táticas para esquecer um ex-amor.
1. Odiá-lo;
2. ridicularizá-lo;
3. arranjar outro;
É claro que a mais eficiente e a melhor de todas é arranjar outro, lembrando o que nos ensina Roland Barthes, "é o amor que o sujeito ama, não o objeto".
Porém, se é a mais eficiente, nem sempre é a mais fácil, não só pela dificuldade natural de se encontrar um parceiro, mas, sobretudo, por causa da torrente de sentimentos negativos que nos imobiliza nesses momentos.
Creio que odiar, fora de toda pregação cristã, é de todas as maneiras a mais dolorosa e prejudicial, pois, no fundo, odiar é se expor ao outro, é cutucar a própria ferida. Mas sendo esse sentimento um tanto quanto primitivo, por vezes, é dificílimo controlá-lo.
Portanto, em minha opinião, ridicularizar é a tática menos nociva. Digo ridicularizar no sentido do lado risível de todos nós, pois, como disse Nietzsche, observado de perto todo indivíduo é ridículo.
Posso listar uma dúzia de atitudes ridículas do meu ex, como por exemplo: ele escondia comida no armário; ele não sabia contar piada, e quando se metia a fazer graça dava pena; ou então, ele era terrivelmente avarento, de forma que a única vez que chorou foi quando o dispensei de pagar o aluguel (chorou de emoção por economizar o seu bom dinheirinho).
Com isso, em vez de odiá-lo, você vai dar boas risadas do seu ex-amorzinho.
P.S. Se você tiver uma opinião diferente, ou queira acrescentar algo, deixe seu comentário.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
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Um comentário:
Rai, dear,
Sem querer restringir a opinião de Barthes, cito Byron: "In her first passion, a woman loves her lover, in all the others all she loves is love." Bjo.
Henry
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