Anotações – Rai – Palestra:
A Mulher e o Amor, Uma relação necessária
Palestrante: Lúcia Helena Galvão
Nova Acrópole – Lago Norte
08 de março de 2012
Existem virtudes próprias do feminino
Existem virtudes próprias do masculino
O que vem a ser a felicidade para a mulher?
Primeiro preciso saber quem sou. É uma questão de identidade.
(Quem sou – identidade)
Segundo, preciso saber onde estou e para onde vou.
Onde estou? Para onde vou?
A polaridade masculino/feminino– superestimamos o masculino e subestimamos o feminino. É necessário subir o fiel da balança para que se equilibrem.
No palco da vida, vivemos um papel.
No teatro grego, a máscara tinha a forma de cone, o cone projetava a voz.
Temos que cuidar para que as aparências não nos escravizem. Porém, devemos perguntar: O que posso aprender com o papel feminino? Como ser humano me foi dada a oportunidade de viver esse papel.
O que seria a realização do feminino? (Essa pergunta será respondida mais tarde)
A DUALIDADE: O universo é dual por definição
Escuro/luminoso
Tao/movimento
ying/yang/
A harmonia se constrói por oposição
A dualidade cósmica – quando elementos diferentes se conciliam surge a harmonia.
As coisas no mundo material manifestam-se na dualidade – as sombras correm atrás da ideia, que é a evolução.
Visualize o ideal masculino e o ideal feminino
Antigamente existiam os códigos de honra – propunham um ideal.
A questão não é o que você faz, mas como se faz.
CARACTERÍSTICAS DO FEMININO
Centro -
As sacerdotisas ou gestais guardavam o fogo no Templo, em Roma. O fogo central em nome do que as coisas eram feitas. O império Romano se expandia em torno do centro.
A preservação do centro era feminino.
O masculino gerava para ambos o movimento de espiral: evoluir.
O movimento de espiral representa o eterno retorno. A cada nova experiência, nos aproximamos mais do centro.
A potencialidade de se sobrepor às circunstâncias é aumentada quando existe harmonia entre o masculino e o feminino.
Consolidação
O ideal masculino expande,
O ideal feminino consolida
É como uma escada, combina o vetor vertical (masculino) com o horizontal (feminino) consolida a altitude, assim é alcançada a ascensão.
O adensamento/prevalência do masculino torna o homem predador em relação à natureza.
O exemplo de uma obra que combina a polaridade masculina e feminina: o afresco de Michelangelo na capela Sistina, retratando Deus dando vida à Adão. A beleza da composição geral combinada com a perfeição do detalhe. Cada nervura do corpo de Adão, cada músculo, trabalhados minuciosamente.
Canalizar Virtudes
O ser humano tem canais, como um prisma.
Citação: Cada ser humano é uma parte do mistério que deixei de conhecer. Marco Aurélio (imperador romano e um dos representantes do estoicismo)
O amor é uma canalização do feminino
A mulher é a via de menor resistência para que o amor se canalize.
As funções ligadas ao ideal feminino se viram desvalorizadas, largadas no limbo.
O amor é um fator de união, é a conquista da unidade.
O amor é a recuperação da individualidade na multiplicidade.
O todo prepondera sobre a parte.
Um êxito com o outro e não contra o outro.
A união tem de começar lá em cima – espiritual
Afinidade de ideias, sonhos, espírito, não é instinto, não é corpo.
Elemento Água: nutritiva, generosa.
Maria vem de mar – água
A mulher é marcada pelo elemento água
O coração é como um prisma – irradia luz/amor em todas as direções
Para Platão o amor se realiza no bem do ser amado.
Quando o coração feminino, que foi feito para irradiar amor, se concentra numa só direção torna-se como um raio-laser, não há quem suporte. “Amo apenas meu marido, meu filho, meu namorado.” O amor torna-se possessivo, ciumento.
Disso resulta a doença coletiva do feminino: uma necessidade de afetividade que não tem oportunidade de se expressar.
Não tem necessidade tão grande de afetividade quem distribui afetividade, pois o amor quando se expressa de maneira natural basta a si mesmo.
O amor se empobrece ao esperar qualquer contrapartida.
O bem do ser amado: o bem do ser amado é o que ele necessita e não o que ele quer.
A afetividade piegas que nós temos hoje está muito mais relacionada ao egoísmo do que ao amor.
Segundo Platão, o amor mais legítimo costuma ser entre pais e filhos.
O amor não é um convite a possuir, mas um convite a se entregar.
Como posso ser um canal de expressão do amor?
O centro é a lei do universo
Autonomia
Tenho autonomia, quer dizer, não está na mão do outro decidir o que faço.
A autonomia dar dignidade
O que faz mal é a ausência de amor.
O êxito # felicidade
Hoje existe um monte de meios de comunicação, para dizer o quê?
Solidão – é a falta de si próprio.
O processo de individuação - a individualidade é tida como uma traição pela sociedade, porque o erro passa a ser pessoal, expondo a todo mundo.
A massificação não produz felicidade.
Será que o machismo é algo que se expressa apenas do lado masculino?
Não, pois independe do corpo físico para se manifestar, é uma posição que tanto pode ser assumida por mulheres quanto por homens. Infelizmente, hoje se vê que mulheres quando assumem a posição de mando são muito mais tiranas que os homens, pois elas copiam o masculino e a cópia nunca é igual, tende a ser pior.
Carência dos atributos femininos em nossa sociedade
O ideal feminino - atributos ausentes na sociedade – saudades do feminino
Ao prejudicar o feminino causamos um dano à humanidade.
Em suma: O que seria a realização do feminino?
Ser um canal para a expressão do amor,
Vivenciar seu papel no palco da vida assumindo suas características femininas;
Consolidar, aprofundar, unir, complementando o atributo masculino da expansão.
Irradiar amor como um prisma, sem esperar qualquer contrapartida.
Ser como um centro, o ponto de referência, o fogo das gestais que nunca se apaga, como o espírito de Roma, em torno do qual a humanidade se expande, evolui.
segunda-feira, 12 de março de 2012
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