domingo, 3 de fevereiro de 2008

Jejum

Foi um longo jejum. "A primeira coisa mais importante da vida é escrever. A segunda é ler" Disse-me um sábio. Fiquei fazendo tantas coisas bobas que nem sei o que fiz. Ah, sim, estive escrevendo um relatório de encerramento do meu trabalho. Por esse relatório até me tornei religiosa, pois fiz uma promessa para conseguir concluí-lo.
Talvez não tivesse o que contar. Todos os assuntos me pareceram tão tolos. Nenhum era digno de inaugurar o ano.
Outro dia, vi uma carreta cheia de leitões. Os bichinhos eram todos do mesmo tamanho. Olhando assim dava a impressão que eram iguaizinhos, nascidos da mesma mãe. Me deu uma vontade de escrever sobre os porquinhos. Mas isso lá era assunto pra começar o ano!
Eles estavam meio sujos, mas dava pra notar que eram rosadinhos. Segui atrás da carreta observando os porquinhos até que teve um que me olhou tão amorosamente que quase fui às lágrimas. Mas depois me virou as costas e vi que era uma fêmea. Abri a janela do carro e senti o cheiro horrível de lama podre. Ainda ouvi os grunhidos de suas brigas, de suas reclamações. Dei a seta e ultrapassei. Adeus, porquinhos!
Sim, e lembrando de animais, ontem Maristela e Priscila foram embora, juntamente com Eutanásio, o galo que vivia pedindo socorro. Foi a pata branca, que não tinha nome, coitada. Não teve nome. O seu futuro dono ficou me perguntando: Qual é mesmo a Maristela?
É a do pescoço pelado, respondi. Dali a pouco ele me pergunta: Como é o nome delas? Maristela e Priscila. Maristela é a maior por isso começa com M. Priscila tem o P de pequena. Ah, sim. Ele confirmou.
Não vi quando elas partiram. Vida longa para as minhas amigas. Saudades eternas.

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