sábado, 10 de maio de 2008

Impersistência da Flor

A seca está chegando. Deixe-me murchar as pétalas. Assim quase cochilando de preguiça a azaléia deixou as pétalas bater em cima dos espinhos de um cacto que resmungou com sua conhecida acidez.
- Ô, sua preguiçosa, levante de cima deu. Deixe de ser encouranhenta.
- Que é isso, seu grosso! Não me toque. Que quer dizer com essa palavra?
- Que você vai ficar dura como couro.
Mas a azaléia estava muito fraca para discussão e nem ouviu a resposta do cacto. Se envergou para o outro lado e dormiu. O cacto, no fundo, ficou muito triste, pois gostava da flor pertinho dele. Seu perfume adornava sua feição espigada e lhe dava certo romantismo.

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