Há acontecimentos que nos impressionam por sua semelhança com a ficção. Os fatos seguem, por vezes, uma estrutura tão bem arquitetada que mais parece saída da mente de um bom escritor. Quem poderia imaginar que o pai da menina feita refém pelo namorado era procurado pela polícia?
Vejo as notícias sobre o caso Daniel Dantas. Além das cifras citadas nas matérias, chama a minha atenção o nome e o sobrenome do Juiz "Fausto de Sanctis". Todos sabem o que significa "fausto" (grandioso, glorioso, feliz, venturoso). Já o sobrenome "De Sanctis" lembra a palavra santo, que significa o ser puro, elevado, inviolável. Mas fausto é também o nome do trágico personagem de Goethe, o sujeito que faz um pacto com Mefistófeles, o próprio demônio.
O nome do procurador da República, referido no caso, Rodrigo de Grandis, fala por si.
Poucos escritores seriam capazes de criar nomes tão apropriados para seus personagens como esses nomes me parecem.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
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