Filme: A Estrada
La Strada, Itália,, 1954, drama, preto e branco
Federico Fellini
personagens: Zampano - Anthony Quinn
Gelsomina - Giulieta Masina
A história começa com as imagens de uma praia, o mar avançando pela areia, crianças correndo ao encontro de Gelsomina, que carrega um feixe de lenha nas costas. As crianças contam que chegou um homem com uma moto grande, trazendo a notícia de que sua irmã, Rosa, morreu. A mãe foi abandonada pelo marido e tem quatro filhos pequenos para criar. Sendo muito pobre, aceita dinheiro de Zampano pela entrega da filha para ser artista mambembe. Gelsomina é desajeitada, sensível e algo idiota, ignorante, ingênua. Zampano ensina-a como deve fazeer para acompanhá-lo nos espetáculo e vendo que ela não aprende quebra um cipó e cada vez que ela ensaia e não acerta, ele bate nas pernas dela. Finalmente, Gelsomina começa a se interessar por música e quer aprender trompete, mas este só lhe permite tocar o tambor. Eles vão almoçar num restaurante e Zampano convida uma mulher para ir consigo e abandona Gelsomina. Ela dorme ao relento, uma mulher que lhe traz uma sopa, reconhece-a como a mulher do homem do pulmão de aço, pois Zampano vive de apresentar um número em que enchendo os pulmões de ar consegue quebrar uma corrente de aço presa ao peito, e lhe conta que viu o carro dele no final da rua. Depois que ser maltratada, ela resolve ir embora, quando vai partindo, três soldados saem com suas trombetas e trompetes tocando uma música, ela os acompanha e marcha imitando um soldado (é um dos momentos mais belos do filme), alcança a procissão do Senhor Morto. Assiste a um espetáculo de circo em que um equilibrista anda numa corda bamba e se senta sobre a corda para fazer uma refeição. Ela fica fascinada com o número. Mais tarde ela conhece pessoalmente esse artista num circo onde Zampano é contratado. O equilibrista não gosta de Zampano e resolve provocá-lo, chamando-o de "espingalda", em alusão à sua maneira de falar no seu número. É o único que desafia Zampano, levando-o a agredi-lo e passar um dia preso. A força física de Zampano, o seu jeito grosso e bárbaro o incomodam, ele é o único que consegue interpor-se perante a sua tirania, o seu jeito rústico.
No meio da estrada, os dois encontram-no enquanto este conserta o pneu furado do carro e acabam se enfrentando. Zampano sem querer assassina o artista, leva seu corpo para o mato e atira o seu carro no abismo. Esse fato causa grande desespero em Gelsomina que não consegue esquecer a morte do jovem que a ensinou a tocar trompete. Zampano incomodado com as alucinações e o desânimo de Gelsomina abandona-a deixando-a com o trompete.
Após muitos anos, Zampano escuta a música que Gelsomina aprendeu no trompete e se aproxima da moça que canta e esta lhe conta que há cinco anos aprendeu a canção com uma moça que a tocava ao trompete e que morreu em silêncio sem que ninguém pudesse identificar a sua origem.
Zampano deprimido se embebeda e briga no bar, é expulso do lugar. A cena final é ele sentado na areia de frente ao mar, com a expressão soturna e desesperada, chorando amassando os grãos de areias entre as mãos.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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