A protuberância dos malares, o inchaço das pálpebras, o nariz grosso e achatado, tudo se encaixava como num entrelaçado borrão de tinta grosseiro. Será que alguém o acharia belo? Será que alguém olhando aquela face se sentiria atraído?
Sim! Havia Tereza. O que ela via por trás daquelas pálpebras congestionadas era o brilho dourado dos olhos da cor de mel. Se embevecia com a cadência do olhar e com o gesto suave de cerrar as pálpebras que ele imprimia quando olhava em sua direção.
Depois houve Júlia, houve inas e anas. Mas que ninguém duvide: o retrato que lhe fiz é verdadeiro.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
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