Beatriz escutou um ruído estranho. Olhou no relógio e verificou que eram três horas da manhã. Se fosse um ladrão, que levasse as coisas, pois estava morrendo de sono.
De repente, acenderam a luz em frente ao seu quarto.
- Que ladrão audacioso! - Ela pensou num desmaio. - Só falta ele puxar a descarga.
Pois foi o que aconteceu. Beatriz se arrepiou, imediatamente seu sono se foi. O ladrão era um cara metido. Atrevera-se entrar no seu banheiro e agora estava escovando os dentes e fazendo bochecho. Era demais! O melhor era ficar quieta. Ainda bem que ele se engasgara, estava tossindo.
- Bem feito!
Mas aquela tosse, ela conhecia muito bem. Levantou-se de um salto e encontrou um homem no banheiro fazendo a barba.
- Tio, o que o senhor está fazendo?
- A barba. Não está vendo?!
- Para quê?
- Para ficar barbeado, é lógico!
O tio de Beatriz era matemático e detestava perguntas obvias.
- E pra onde o senhor vai com essa maleta?
- Para o trabalho. É evidente!
- Tio, são três e meia da manhã! Se o senhor chegar lá no seu trabalho a essa hora vão lhe dar um atestado...
- Três e meia da manhã?! Tem certeza? Mas eu ouvi os passarinhos cantando.
- Eu acho que o senhor sonhou.
Ele olhou pela persiana, apreciou a escuridão e, dando risada, concluiu:
- É! Eu acho que vou é aproveitar pra ver se pego logo esse atestado de doido!
quarta-feira, 9 de maio de 2007
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