"Versos inscritos numa taça feita de um crânio". Escreveu Lord Byron, pois segundo o próprio, uma vez desaparecido o cérebro, o seu substituto mais nobre só poderia ser o vinho. Ele não só escreveu isso, como mandou fazer uma taça a partir de um crânio humano! Os créditos vão para o tradutor do livro Beppo, Paulo H. Britto, edição que estou lendo.
A biografia de George Gordon Byron é cheia de aventuras. Dizem que ele era um homem fatal, aquele por quem todas as mulheres, inclusive os gays, se sentem seduzidas e se descabelam! Um Chico Buarque mais jovem. Não, é impróprio, o Chico viveu mais de 30 anos com a mesma mulher, coisa que para Byron seria impossível, até porque ele morreu com 36 anos. Não encontro ninguém com quem possa compará-lo. Ele era bem o tipo que muitas mulheres gostam: inteligente, belo, irreverente e perdulário, (gastava tudo, vivia correndo dos credores, embora fosse nobre.) (Eu, por exemplo, prefiro os homens inteligentes aos medíocres, mas desde que ele seja bonito.)
Voltando a Byron, ele teve como amante uma marquesa, uma camponesa, uma mulher casada e, dizem, até sua meia-irmã. ( E ainda o chamavam de manco.) Ele começou por amar mulheres mais velhas, mas depois... Veja o que ele escreve no livro Beppo sobre a mocinha: "É certo que a mocinha debutante tem seus encantos; mas é tão dengosa, ora amuada, ora petulante; tão cheia de risinhos, tão medrosa, olhando pra mamãe a todo instante, temendo alguma coisa pavorosa! (...) E o hálito cheira a manteiga." (tradução P.H.B.)
Esta do hálito, eu gostei. Pior seria se cheirasse a cebola. Mas se Byron conhecesse as garotas de hoje...
Depois que ele escreveu esse livro, conheceu uma mocinha de 19 anos, que já era casada, e mudou de idéia. Apaixonou-se por ela. Tornou-se seu cavalier serviente.
sábado, 10 de fevereiro de 2007
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