"A solidão é fera, a solidão devora (...) e faz nossos relógios caminharem lentos". Linda composição de Alceu Valença. Eu dei para pensar sobre a solidão e quando eu dou para pensar, minha amiga me alerta: Cuidado! Estás pensando?
Estava pensando no que tem de brilhante e atraente na solidão, no que ela tem de secreto e de gozo. Pois existe uma solidão que não é "padecimento" é "enternecimento", é encontro e confronto do ser em solidão consigo mesmo.
A solidão tem muitas faces, é benigna e perigosa. É pluma que acaricia, é lâmina que fere. É na solidão, que, finalmente, ouso me perguntar: "Quem sou eu?"
Mas sinto que foi plantado no meio de nós um medo terrível da solidão. A solidão-maldita, a solidão-tenebrosa, a solidão-angústia, a solidão-que-mata! E o oxímoro do problema é que o medo da solidão só pode gerar aquele tipo de solidão, que é padecimento.
A mim parece que pouca gente tem coragem de assumir, de vivenciar e de amar a solidão. Mas a história está aí cheia de grandes solitários: Nietzsche, Rilke, Van Gogh, Borges, Kant, Emily Bronthë, Emily Dickinson. (Parece que me equivoquei com a quantidade, consegui lembrar de poucos, ou talvez seja ignorância minha.)
O ser- em- comunhão, afetivo, transcende a solidão-sofrimento, o ser-em-solidão enternecida transcende a si mesmo. É o que concluo, se não estou enganada.
Estava pensando no que tem de brilhante e atraente na solidão, no que ela tem de secreto e de gozo. Pois existe uma solidão que não é "padecimento" é "enternecimento", é encontro e confronto do ser em solidão consigo mesmo.
A solidão tem muitas faces, é benigna e perigosa. É pluma que acaricia, é lâmina que fere. É na solidão, que, finalmente, ouso me perguntar: "Quem sou eu?"
Mas sinto que foi plantado no meio de nós um medo terrível da solidão. A solidão-maldita, a solidão-tenebrosa, a solidão-angústia, a solidão-que-mata! E o oxímoro do problema é que o medo da solidão só pode gerar aquele tipo de solidão, que é padecimento.
A mim parece que pouca gente tem coragem de assumir, de vivenciar e de amar a solidão. Mas a história está aí cheia de grandes solitários: Nietzsche, Rilke, Van Gogh, Borges, Kant, Emily Bronthë, Emily Dickinson. (Parece que me equivoquei com a quantidade, consegui lembrar de poucos, ou talvez seja ignorância minha.)
O ser- em- comunhão, afetivo, transcende a solidão-sofrimento, o ser-em-solidão enternecida transcende a si mesmo. É o que concluo, se não estou enganada.